O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu investimentos em infraestrutura e logística para garantir mais competitividade ao agronegócio no país. Segundo ele, a ampliação das aberturas de mercado – foram nove abertos em janeiro deste ano – vai demandar mais capacidade das estruturas nacionais para exportação.
Fávaro comentou os resultados dos investimentos públicos de R$ 3,6 bilhões feitos em infraestrutura e logística em 2023. Segundo ele, os aportes beneficiaram regiões produtoras e ajudaram a mitigar efeitos ainda mais negativos nos preços das commodities.
“Nada mais relevante na formação de preço do que infraestrutura eficiente. Essa formação é ligada ao custo de frete. Imagina quanto estaria o preço, imagina a crise para o agro, se o ministério não tivesse agido”, disse no evento.
Segundo ele, o preço da soja está próximo de R$ 95 a saca de 60 quilos em algumas regiões de Mato Grosso, perto do preço mínimo, de R$ 86,50. “Se não tivesse essas condições de rodovia, com certeza a soja estava abaixo do custo de produção”, concluiu.
Quebra de safra
Fávaro afirmou que haverá quebra de safra no Brasil, mas que ainda é preciso dimensionar o tamanho da redução na colheita. Ele voltou a defender a metodologia aplicada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para levantamento de informações sobre a safra e que a postura mais conservadora ajuda a consolidar os dados e a orientar o mercado com mais segurança.
O ministro destacou que o país vive um ano de “incertezas no campo” com as intempéries climáticas, mas que a situação está “longe de ser uma crise instalada”.
“As mudanças climáticas estão aí, temos quebra de safra no Brasil já consolidada, precisamos dimensionar isso, quanto vai ser a quebra de safra”, destacou.
Fávaro repetiu que os preços das commodities não reagem, apesar da quebra consolidada da safra, por conta da conjuntura mundial, como a recuperação da produção de soja na Argentina.